quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Being wild


Descobrir-se. Descobrir-se da matéria.
Descobrir o corpo da pele que o limita.
Deixar o corpo em carne viva.
Deixar que a carne sinta o sutil.



Inspirar realidade.


Expirar ... Expirar, apenas.



CP


Abraços.





Sugestões
Trilha sonora de Eddie Vedder para "Into the wild".


(Long Nights)
http://www.youtube.com/watch?v=0V7WItOr4O8&feature=related


(Society)
http://www.youtube.com/watch?v=pRUGvArWXLk

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quando eu estiver cantando - Cazuza

"Essa eu acho que pouca gente conhece. É a última música,do último lado, do último disco de Cazuza." (Renato Russo)

Quando eu estiver cantando, Cazuza

"Tem gente que recebe Deus quando canta
Tem gente que canta procurando Deus
Eu sou assim com a minha voz desafinada
Peço a Deus que me perdoe no camarim
Eu sou assim
Canto pra me mostrar
De besta.Ah, de besta

Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo

Porque eu só canto só
E o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto redime o meu lado mau
Porque o meu canto é pra quem me ama
Me ama, me ama

Quando eu estiver cantando
Não se aproxime
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio
Quando eu estiver cantando
Não cante comigo
Quando eu estiver cantando
Fique em silêncio

Porque o meu canto é a minha solidão
É a minha salvação
Porque o meu canto é o que me mantém vivo
E o que me mantém vivo."

Links

http://www.youtube.com/watch?v=fRXVSTmbJvU (na voz de Cazuza)

http://www.youtube.com/watch?v=rMplPQSth2A&feature=related (na voz de Renato Russo, em homenagem a Cazuza. Vale muito a pena!)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Extra!

Nasci aos 14 anos.

E desde então sou um peixe-anão maduro.


Sugestão de poema: Tabacaria, Fernando Pessoa.

Disponível em

http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.html

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fim de agosto

Todos me afligem...
Os sentimentos mais diversos, vindos dos extremos da mente: concretude e existencialismo.


Por que voltaram? Não acredito em "planetas regentes" pra talvez pensar que é só "o fim de agosto", de novo.

Fim de agosto... E subitamente parece que tudo fica mais próximo do fim.

A lucidez assassina o bem-estar, a dor anula a persistência, o cansaço seqüestra a vontade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

6 de Agosto

Sempre me pareceu que as datas se repetiam muito depressa. Os meses vão passando e o tempo só desacelera nos dias anteriores ao fato a ser lembrado.


Aniversários, comemorações tradicionais, comerciais ou inventadas. Todas as datas específicas seguem esse ritmo: à distância, descaso; às vésperas, euforia. Todas as datas especiais seguem esse padrão confortante, que nos deixa respirar aliviados nos dias comuns.


A sua data, porém, escapa da regra. Cada hora mais perto, cada ano mais longe. Essa proximidade é apenas uma lágrima diante da eternidade da sua ausência. Sobra só sua falta...

Meu tempo passa, mas não sabe o seu caminho. A euforia da véspera aparece, estranhamente, mas não traz seu abraço de conforto. Traz certeza de distância. A distância que aumenta a saudade que deixou. Que rouba da minha memória seu cheiro e sua voz.


Que "eternidade" é essa? De que serve essa “dádiva” se sem vida as vidas se perdem umas das outras?


Distância eterna por um caminho que não segue os anos da minha existência.


Está frio! Pegue seu chapéu e vista seu casaco! Vamos caminhar devagar, devagar... Sem nos preocuparmos com o tempo.


Quando der.

CP

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nicest Thing

Nicest Thing, Kate Nash

http://www.youtube.com/watch?v=ruQ0O44CB38

O Joio

E quando você menos espera, ele volta...
Há quanto tempo tento separar o joio do trigo...?

Separá-los, sim, pois um pode fazer mal ao outro. Ambos são extremos de idealizações muito distintas.
Meu trigo convive, existe em ambientes impessoais, democráticos. Longe de seguir a melhor estrada, o caminho pisado, mas realiza-se diante do mundo. Apenas diante do mundo. Meu joio é valoroso. Seria mais se pudesse ser bom também no momento em que enraíza...

Meu joio é o ideal romântico da angústia. Ela, que faz querer rasgar a pele para que os pensamentos existenciais mais profundos saiam do corpo. Pessoa? Morte? Vida? Vida após a vida?

Meu joio cala o trigo. Torna-o incapaz, mudo, paralisado. Sufoca-o. Meu joio acentua os vícios, nunca as virtudes.
Meu joio é o bar escuro e frio, cigarro e álcool sobre a mesa. É a ilha-planeta em órbita desconhecida e inalcançável. Meu joio é o coração de Werther, excessivamente consciente da realidade do ser, mas apaixonado pelo supostamente impossível, que mora ao lado.
Meu joio é cético, ateu. Mas meu trigo também.
“Deixai-os crescer juntos até a colheita, e , no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.”

“Deixai-os crescer juntos”, sim, com toda certeza. Meu joio, porém, nunca será queimado. Meu joio e meu trigo se enfrentam, se cortam. Mas se sustentam à distância com o passar dos dias.
Meu trigo é belo, sim! Palatável, palpável, democrático.
Meu joio também, ainda que inatingível aos olhos do mundo.
São contrastes feito branco e preto, mas quem ou o quê se arrisca a decidir pelo valor maior de um dos dois? Como apostar se a essência de um se encontra no extremo oposto?
Não se tocam. Ainda.
A morte de um implica a morte do outro.
Aproxime-os
e a vida será eterna, ainda que por um minuto apenas.
CP

Matiz

E o tempo esmaece à frente,
vermelho, amarelo.
Queima o rosto e seca os olhos,
úmidos de saudade.

No horizonte além do céu,
o silêncio que a noite traz pra perguntar
se a solidão é algo que eu vivo
ou já é parte de mim.

Canto músicas bêbadas
de equilíbrio e sensatez.

Canções que acordam acinzentadas.




CP

Imagem www.metamorfosesdaalma.blogspot.com

Our Road

This could be another funny story, if I ever had a choice

This could be another waste of glory, if I was proud of what we have

8 at night you drink alone upstairs, and you´re chatting with your boo

At the sofa you´re watching big brother, making friends you never knew

How this began we may never know

Cause you know we´re looking for something that´s lost in our souls

Home is changing so fastly, and it seems they don´t care

But I´m looking behind, admitting mistakes that I had

Now the phone rings and there´s no answer, no one thinks that´s for them

Maybe doctors are looking for him, maybe judges are too

Maybe cousins just want her voice, but they´ll never, never tell

Cause they never, never talk, and it´s never, never well

How this began we may never know

Cause you know we´re looking for something that´s lost in our souls

Home is changing so fastly, and it seems they don´t care

But I´m looking behind, admitting mistakes that I had

And I hear that they´re planning what I think that doesn´t worth

This new house could never fix what is made in our road

We´re hurting each other, using silence instead of voice

While stubbornness is hiding our chance to have a choice

How this began we may never know

Cause you know we´re looking for something that´s lost in our souls

Home is changing so fastly, and it seems they don´t care

But I´m looking behind, admitting mistakes that I had

But I´m looking behind, admitting mistakes that you had

But I´m looking behind, admitting mistakes that we had.



CP