quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A guerra menor que a batalha

A guerra menor que a batalha


É como querer vencer a guerra de novo, mas sem travar mais batalhas.

Nem sempre há coragem para lutar, mesmo que tanto já se tenha lutado antes. Lembrar-se da derrota é mais doloroso que olhar para as cicatrizes. Pensar na vitória é bem mais difícil que simplesmente olhar para as medalhas.

Há vida após a vida?

O que acontece quando você tenta abrir os olhos e eles já não estão mais ali? Será que você acorda gritando, desesperado em um lugar que não conhecia? (“Acorda”!?) Feito um sonho ruim... ? Naquelas vezes em que se tenta acordar e os olhos não obedecem, e o sono nos prende no fundo daquele abismo horrível...

Às vezes acordo chorando e sorrio pouco depois. Às vezes sonho querendo não acordar, e choro quando não consigo trazer o sonho para o dia.

Às vezes sonho durante o dia, mas ambos têm passado tão depressa... O sonho e o dia.

O sono e a madrugada também.

Onde foi que o tempo se escondeu? Levou com ele minha vontade? Porque, é fato, roubaram minha coragem. E, se a audácia vem da confiança na recompensa, como voltar à batalha sem acreditar nas medalhas que ganhei?


CP

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